Lixo reflete a cultura da sociedade

O lixo é um importante indicador sociocultural, defende a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais). Após realizar uma comparação entre a geração de resíduos sólidos em algumas regiões do mundo, a entidade concluiu que os países desenvolvidos produzem uma porcentagem bem menor de lixo orgânico que as nações em desenvolvimento.
Das 43,8 milhões de toneladas de lixo geradas anualmente no Brasil, mais da metade, o equivalente a 26,3 milhões, é composta por restos de alimentos. "Uma grande parcela da população brasileira tem o hábito de comprar alimentos in natura e prepara suas refeições em casa, acabando por jogar no lixo cerca de 60% dos alimentos que costuma adquirir", lembra Tito Bianchini, presidente da ABRELPE.

Nos Estados Unidos, o quadro é o oposto. Em um país contrário ao desperdício e onde reina a cultura da fast food, as pessoas raramente cozinham em suas residências e optam por comprar pratos prontos ou congelados para microondas. Com isso, produzem 49,6 milhões de toneladas de resíduos orgânicos, cerca de 23% da produção total de lixo norte-americana, que é da ordem de 189,8 milhões de toneladas por ano. O mesmo acontece na Noruega, que tem um percentual de 31% de composto orgânico das 1,6 milhão de toneladas de detritos sólidos geradas anualmente.
"É realmente muito triste ver desperdiçadas no lixo milhões de toneladas de alimentos provenientes das residências e também de hipermercados e feiras, enquanto milhares de pessoas passam fome nos Estados do Nordeste. A conscientização do brasileiro quanto a esse assunto acarretaria em duas grandes conquistas: a diminuição da geração de lixo e, principalmente, a solidariedade com as famílias carentes do país", conclui Bianchini
 

Fonte: ABRELPE

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2 Comentários

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